domingo, 17 de julho de 2011

16º Tubarões Bike Fest CaboFrio 14 a 17 julho 2011

Biker Fest agita fim de semana em Cabo Frio com expectativa de 70 mil visitantes

O evento durou quatro dias. A estrutura contou com área temática, shows, restaurantes e lanchonetes.


– Encontro Internacional de Motociclistas - 
O evento, que aconteceu de 14 a 17 de julho foi no Espaço de Eventos e recebeu mais de 70 mil motociclistas de 1500 diferentes moto clubes do Brasil e do mundo nos quatro dias do encontro que, todos os anos, aquece a economia e dá um cenário diferente à cidade.


Para receber os principais visitantes, que chegam a Cabo Frio na manhã do dia 14, uma mega estrutura foi montada com área temática, 38 expositores de produtos de couro e acessórios para motocicletas. Também foram montadas praça de alimentação com quatro restaurantes e 18 lanchonetes, assim como rede de banheiros químicos, um palco principal e um palco menor na Toca dos Tubarões com som de última geração.



A abertura oficial do 16º Bikerfest tem início nesta quinta-feira às 18h, com atrações no palco principal, e logo depois, às 19h, Os Caravelhos se apresentam dando início aos shows da noite. Na sexta-feira, no sábado e domingo, o encontro tem início às 9h com música eletrônica e às 17h com a programação de 16 atrações musicais divididas nos dois palcos.


O evento é gratuito e conta com apoio da Prefeitura Municipal de Cabo Frio e realização do Moto Clube Tubarões. Confira a programação completa do evento:



14/07 - Quinta-Feira:

18h: Abertura oficial (Palco Principal)

19h: Os Caravelhos (Palco Principal)

21h: Primícia (Palco Principal)

23h: Ozíris (Toca dos Tubarões)



15/07 - Sexta-Feira:

9h: Som mecânico (Palco Principal)

19h: Usina Blues (Palco Principal)

21h: Little Rock (Toca dos Tubarões)

23h: Ruanitas (Palco Principal)

1h: Cilindrada (Toca dos Tubarões)



16/07 - Sábado:

9h: Som mecânico (Palco Principal)

15h: Cheiro de Rock (Toca dos Tubarões)

17h: Helgrid (Toca dos Tubarões)

19h: M.I.R - Made In Rock (Palco Principal)

21h: Faixaetária (Palco Principal)

23h: Marcelo Nova - Camisa de Vênus (Palco Principal)

1h: Sanctuariun (Toca dos Tubarões)



17/07 - Domingo:

9h: Som mecânico (Palco Principal)

17h: Spiritis (Toca do Tubarão)

19h: Sotton (Palco Principal)

21h: The Gunners (Palco Principal)









quarta-feira, 13 de julho de 2011

13 de julho, Dia do Rock, dia de Deitar e Rolar!

HOJE É DIA DE ROCK AND ROLL!!!

Traduzindo: hoje é 13 de julho, Dia do Rock, dia de Deitar e Rolar!
Em 1951, em Cleveland, Ohio, o DJ Alan Freed, muito doido e sem noção do perigo, começou a tocar rhythm and blues para uma audiência multi-racial, ou seja, para um barril de pólvora.
Assim, o maluco Freed – por acender um fósforo numa refinaria de petróleo – é creditado como o primeiro a utilizar a expressão 'rock and roll' para descrever a música que, filha da explosão subsequente, estourou no mundo inteiro, definiu um estilo de vida, toda uma cultura e, principalmente, uma atitude diante da vida.
O rock and roll surgiu em uma época em que as tensões raciais nos Estados Unidos estavam próximos de vir à tona. Os negros norte-americanos protestavam contra a puta sacanagem que era a segregação de escolas e instalações públicas. A doutrina racista "separate but equal" foi nominalmente derrubada pela Suprema Corte em 1954, mas a difícil tarefa de fazer respeitar a decisão estava por vir. Este novo gênero musical combinando elementos das músicas branca e negra inevitavelmente, se por um lado provocou fortes reações, por outro acabou unindo branquelos e crioulos.
Depois do "The Moondog Coronation Ball", as gravadoras logo compreenderam que havia mercado formado pelo público branco para a música negra que estava para além das fronteiras estilísticas do rhythm and blues, ou seja, cresceram o olhão cheio de cifrões. Mesmo o preconceito considerável e as barreiras raciais não podiam barrar as forças do mercado, trazidas à tona principalmente pelo garotão Elvis Presley – branco azêdo, louro, mas com uma voz pra negão nenhum botar defeito.
Assim, o rock and roll – cuja simples menção do nome já fazia corar as pudicas mamães norte-americanas (mamães brancas, é claro) – tornou-se um sucesso de um dia para outro nos EUA, um tsunami que fez ondulações do outro lado do Oceano Atlântico e, talvez, culminando em 1964 com a "Invasão Britânica".
A verdade porém é que o termo já tinha sido introduzido ao público dos EUA, especialmente na letras de muitas gravações rhythm and blues. Três diferentes canções com o título 'Rock and Roll' foram gravadas no final dos anos 1940: uma em 1947 por Paul Bascomb, outra por Wild Bill Moore, em 1948, e ainda outra em 1949 por Doles Dickens, e a expressão estava em constante uso nas letras de canções R&B da época. Um outro registo onde a frase foi repetida durante toda a canção foi em Rock and Roll Blues, gravado em 1949 por Erline 'Rock and Roll' Harris.
E nós com isso?
Explico: até então, a frase rocking and rolling (balançar e rolar), era uma gíria dos negões americanos para dançar ou furunfar, e apareceu em gravações pela primeira vez em 1922, na canção My Man Rocks Me Com Um Steady Roll, de Trixie Smith.
Pois é, o nome já diz tudo!
E assim hoje, terça feira 13 de julho, o Dia do Rock, é o Dia Internacional de Deitar e Rolar!
Ponha seu vinil do Led Zeppelin na vitrola, acenda incensos para os Rolling Stones, se ajoelhe diante de Elvis Presley mas nem tente deixar os mais novos felizes botando um Restart pra tocar no Ipod, pois estamos falando de Rock, e o véio e bom roquenrôu infelizmente hoje se encontra em estado de dormência.
Vale aqui publicar um artigo do garotão Marcelo B. Conter, originalmente postado no http://imagemusica.wordpress.com/2010/07/13/o-conceito-do-rock-morreu/ , que nos deixa felizes (nós, a velha guarda) por saber que ainda existe gente assim, com o tipo de cabeça que jamais vai deixar o Rock ser jogado na cova rasa.

Lasca aí, Marcelão!

“Quando algo ganha um dia para ser lembrado, é porque está sendo esquecido. Será que isso está acontecendo com o Rock? Nem fodendo! O problema é que quem faz rock hoje é um bando de cagão, gente que assume fazer Happy Rock. O rock é um estilo musical feliz por natureza, mas feliz num Iggy Pop Style, não vestido feito um Ursinho Carinhoso. A impressão que eu tenho é que para ser rock, basta usar um Boss DS-1. 
Se algo morreu, é a postura do rock. Não temos mais travestis machões como Bowie, e sim homenzinhos afeminados como Restart (leia-se Hey, Start, como os próprios membros da banda pronunciam). Sumiram representantes do que Carlo Pianta chama de rock burro, bandas papo reto como Kiss, Black Sabbath.
O rock cometeu sua maior falha: entrou na onda do política e ecologicamente correto. Os roqueiros de hoje não querem dirigir nem Hummers nem Harleys; querem andar de Smart. A fumaça vem da chaleira, para preparar um chazinho verde. O óculos escuro não é por que faltou colírio. A máscara da falta de afinação, se uma vez era o grito, hoje é o auto-tune (Ouvir Cine e o Uo-ô, Ô-O deles).Rock sempre foi muito mais postura e choque do que falar de amor (nesse sentido, a carreira solo de Paul McCartney é bem pouco roqueira). Como Walter Benjamin fala de Chaplin, o Rock também foi muito mais eficiente que o Dadaísmo na hora de produzir choque, e que é de ordem tátil. 
Até quando o rock queria passar uma mensagem ele mantinha uma postura de produzir choque. Ele muitas vezes foi capaz de produzir choque para si. Lembram do Radiohead em Kid A, ensinando que dá pra fazer rock sem guitarra? Ou do Los Hermanos, que provaram que bunda moles também podem tocar rock; e os Ramones, provando que gente feia também pode ser estrela; dos Mutantes, mostrando que uma música pode ser feita com cacos de outras músicas; Do White Stripes, sem baixista; da Musical Amizade, sem baterista. 
Pra mim o rock começou a morrer com o nu-metal. Quem precisava de um novo metal? Aliás, que metaleiro aceitaria o uso de scratch num metal? O metal é o subgênero mais conservador do rock, e ao mesmo tempo o menos erudito. O Gabriel Saikoski bem dizia: os caras aprenderam a ser virtuoses da guitarra executando fugas do Bach só para masturbar as suas guitarras.Termino esse papo de boteco falando de videoclipe, que é minha praia: se o rock começa a morrer com o nu-metal, começa a definhar com o YouTube. O rock foi o gênero que mais contribuiu para a criatividade em video clipes. Falo de Strawberry Fields Forever, Heart-Shaped Box, Fell In Love With a Girl, Let Forever Be, Sabotage, Bohemian Rapsody, Beat It. Mas com o YouTube o que aconteceu? O mercado passou a pensar que ninguém mais queria ver videoclipe na TV. Aí passaram a fazer clipe só do que dava muito dinheiro: Beyoncè, 50 Cent e Lady Gaga. Como essa galera não é nem um pouco dadaísta, se foi o choque, se foi a postura rock no mainstream. O rock, ao menos conceitualmente, pra mim, está morto.”

Marcelo B. Conter, http://imagemusica.wordpress.com/2010/07/13/o-conceito-do-rock-morreu/

Nota do Editor: Não está não, Marcelão! Ainda há fogo sob as cinzas da mídia e um dia o incêndio volta, queimando a TV e as rádios nojentas que só querem saber de pagode, axé, sertanejo, funk e gospel – os Cinco Cavaleiros do Apocalipse Musical!